Formado pela Escola Politécnica de São Paulo em 1949 e pelo General Motors Institute, em 1953, Gurgel fundou sua própria empresa em 1º de setembro de 1969, na cidade de Rio Claro, interior de São Paulo.
A marca começou em 73 e durante sua vida produziu os modelos BR-800, BR-Van, Delta, FD-30 TJ, Supermini, Supercross, Cena, Xavante, X12, X15, G15, Carajás, G800, Itaipu (carro 100% elétrico recarregável que parou de ser fabricado por andar pouco) E400, Ipanema, TA-01, XEF e Motomachine.
Seu primeiro modelo foi um bugue batizado como Ipanema, que utilizava chassi, motor e suspensão Volkswagen. Em 1973, chegava o Xavante, primeiro veículo de sucesso da marca. Construído com plástico reforçado com fibra-de-vidro – materiais que seriam utilizados em todos os Gurgel -, o jipe compacto utilizava peças de Fusca (como a suspensão) e Kombi.
Em 1974, Gurgel surpreendeu ao apresentar o Itaipu, primeiro carro elétrico 100% nacional. Apesar do design exótico, o veículo tinha dimensões compactas, possuía dois lugares e podia ser recarregado em qualquer tomada doméstica, tal qual os carros-conceito apresentados atualmente. Um dos modelos elétricos era um compacto urbano, chamado de CENA (Carro Elétrico Nacional. O projeto, entretanto, não vingou por falta de investidores.
O utilitário X15, lançado em 1979, não repetiu o mesmo êxito do Xavante. Com versões de cabine simples e dupla e furgão, o carro tinha visual que dividia opiniões. O exército brasileiro, cliente de longa data da Gurgel, adotou o veículo para o transporte dos militares.
Dois anos depois, chegava o XEF, um carro urbano de três-volumes e dimensões compactas. Com mecânica de Brasília e detalhes que lembravam os Mercedes-Benz, o veículo não fez sucesso por conta do alto preço.
Em 1984, o lançamento do Carajás firmou a imagem da marca no segmento de fora-de-estrada. Nas versões de teto rígido, teto de lona e militar, o jipe tinha motor refrigerado a água do Santana e apenas duas portas. A suspensão independente nas quatro rodas era um de seus maiores triunfos.
Em setembro de 1987, Gurgel ressuscitou a sigla CENA ao apresentar o primeiro minicarro produzido pela montadora. Os motores tinham 600 cm3 ou 800 cm3 e desenvolviam 26 cv ou 32 cv, respectivamente. Após algumas mudanças, o projeto foi lançado em 1988 como BR-800. O carro era capaz de transportar quatro passageiros e atingia a velocidade máxima de 110 km/h.
Uma nova evolução do projeto chegaria em 1992. Batizado de Supermini, o compacto tinha carroceria de plástico com garantia de 100 mil quilômetros e era livre de corrosão. O modelo durou até 1993. Uma última variação do Supermini, chamada de Motomachine, chamava a atenção por soluções como as portas transparentes. Porém, poucas unidades foram produzidas.
Com muitas dívidas e sofrendo com a concorrência das montadoras brasileiras, a fabricante pediu concordata na metade de 1993. Em uma última tentativa de se salvar, a empresa entrou com um pedido de financiamento no valor de 20 milhões de dólares, que foi negado pelo Governo Federal. A Gurgel Motores encerrou suas atividades em 1994.
Modelos fabricados pela Gurgel Motores
BR 800
BR 800 VAN
CARAJÁS
PROJETO CENA
DELTA
E-400
G-15
G-800
X-12
X-15
TA-01
XAVANTE
IPANEMA
ITAIPU
SUPERCROSS
MOTOMACHINE
XEF
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